terça-feira, 7 de setembro de 2010

A BANDEIRA DO BRASIL



A bandeira do Brasil existe desde 1889, onde foi uma adaptação na bandeira do Império Brasileiro. Geralmente as bandeiras possuem ou a cor preta ou a vermelha, mas no caso da bandeira do Brasil possui apenas a cor verde, amarelo, azul e branco.
O desenho da bandeira é retangular verde, com um losango amarelo, uma esfera azul, com uma faixa branca onde está escrito “ORDEM E PROGRESSO”. No circulo há 27 estrelas que relatam o céu do Rio de Janeiro e as constelações e a estrela que está na parte superior representa o estado do Pará.
As cores da bandeira representam as famílias reais de D. Pedro I, A cor verde significa a casa de Bragança, a amarela representava a casa de Habsburgo e entre outras coisas. Atualmente a cor verde representa o verde a mata (amazonas), o amarelo a riqueza e o ouro, o azul o céu e o branco é a paz. O losango para quem não sabe é uma homenagem a mulher, representando o órgão genital.
Há muitas restrições com a bandeira, uma delas é que ela deve ser hasteada de manhã e recolhida à tarde, a noite só se estiver muita iluminação.

A bandeira do Brasil normalmente não é vista como um símbolo de patriotismo entre os brasileiros, e sim como uma mera bandeira, como se fosse algo inútil. Mas de uns tempos pra cá, os brasileiros estão mudando este conceito pela bandeira, agora eles estão vendo que a bandeira é sim um símbolo de patriotismo brasileiro. As cores da bandeira têm é claro o seu significado, o verde representando alusão do mar e casa real de Bragança, o amarelo alusão do sol e as riquezas minerais e a família real Habsburg, azul cor em homenagem a nossa senhora, a faixa que temos na bandeira representa ordem e progresso e o branco da faixa em referencia aos desejos da paz, e estrelas configuração do céu do Rio de Janeiro exatamente no dia da Proclamação da República.
Muitas pessoas mesmo com tantas informações sobre a bandeira ainda não sabem o que significa as estrelas que estão dentro da bandeira, elas significam os 26 estados que temos no país e a última o Distrito Federal. Esta bandeira ficou assim desde 1889 no ano da Proclamação da República. Este azul que uma esfera ficou como sendo o céu do Rio de Janeiro na noite de 15 de novembro de 1889, esta época a cidade ainda era capital do Brasil. E para muitos que não sabem o lema Ordem e Progresso foi colocado pelo filósofo francês Augusto Comte. E assim desde aquela época a bandeira não passou mais por reformas, como ela era antes ela é até nos tempos atuais.
Portanto a bandeira é vista como uma historia de nacionalidade do país. Atualmente quando temos, por exemplo, Brasil e Argentina nos campos de futebol virou um desfile de bandeiras em ambos os países, mas é claro cada um com a sua bandeira, brasileiros com a do Brasil e os argentinos com a da Argentina. Não só no futebol, mas em todos os outros esportes hoje utilizam a bandeira nacional, principalmente em caso de vitória quando as pessoas hasteiam a bandeira para cantarem o hino, muitos atletas se emocionam por poderem estar representando o país e mostrarem para todos mundo que os brasileiros são capazes, não apenas as grandes potências mundiais. Para o brasileiro mostrar a bandeira é um privilégio sempre! Não apenas em dias de esporte, mas poder mostrar que somos brasileiros!

Hino da Independência do Brasil Evaristo Ferreira da Veiga Composição: Evaristo Ferreira da Veiga


Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo varonil.
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Hino Nacional Brasileiro

 
  I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

"Independência ou Morte": o brado em São Paulo ainda vibra no coração dos brasileiros


O Vale do Paraíba foi a única região no Brasil a participar diretamente dos acontecimentos que culminaram com a separação do Reino do Brasil do Reino de Portugal, no dia 7 de setembro de 1822, na histórica colina do Ipiranga, em São Paulo. Naquela tarde, os vale-paraibanos que acompanhavam o príncipe regente foram testemunhas oculares dos atos do fundador do Império do Brasil.
Foi no dia 14 de agosto de 1822 que partiu o príncipe D. Pedro I do Rio de Janeiro com uma pequena comitiva montada em mulas e integrada por seu secretário Luiz Saldanha da Gama, mais tarde Marquês de Taubaté, pelo tenente Francisco Gomes da Silva (Chalaça), pelo major Francisco de Castro Canto e Mello, ajudante-de-ordens e cronista da viagem, e pelos criados do paço, João de Carvalho Raposo e João Carlota, em direção à Real Fazenda de Santa Cruz, onde pernoitaram.
Após várias paradas para pouso ao longo do caminho percorrido no Vale do Paraíba, Dom Pedro seguiu para a capital da província, onde foi recebido em 25 de agosto, pelo bispo, por autoridades da câmara municipal e grande multidão.
Dom Pedro tratou logo de reorganizar o governo de São Paulo, ordenando que Francisco Inácio de Souza Queiroz e o intendente de Santos, Miguel José de Souza Pinto, implicados nos acontecimentos de 23 de maio, seguissem para o Rio de Janeiro. Nomeou então, como seu oficial de gabinete, Joaquim Floriano de Toledo. O príncipe permaneceu alguns dias em São Paulo recebendo a hospedagem que lhe haviam preparado o brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão e o coronel Antonio da Silva Prado.
Restabelecida sua autoridade e apaziguados os ânimos na capital da província, partiu Dom Pedro e sua comitiva no dia 5 de setembro para a cidade de Santos, com a finalidade de fiscalizar as obras nas fortalezas e visitar familiares de José Bonifácio de Andrada e Silva.
Ao entardecer do dia 7 de setembro de 1822, os mensageiros enviados pela princesa Leopoldina e por José Bonifácio encontraram a comitiva do príncipe às margens do riacho do Ipiranga e, um pouco mais distante, o príncipe regente em companhia do padre Belchior Pinheiro de Oliveira, do tenente Francisco Gomes da Silva (Chalaça), e dos criados do paço, João Carlota e João de Carvalho Rapozo. Ali entregaram as missivas, nas quais, em termos realistas incentivavam o príncipe a separar o Reino do Brasil do Reino de Portugal.
O príncipe, diante de sua guarda, disse então: "Amigos, as Cortes portuguesas querem escravizar-nos e perseguem-nos. De hoje em diante nossas relações estão quebradas. Nenhum laço nos une mais!." E, arrancando do chapéu o laço azul e branco, decretado pelas Cortes, como símbolo da nação portuguesa, atirou-o ao chão, dizendo: "Laço fora, soldados! Viva a independência e a liberdade do Brasil!".
O príncipe desembainhou a espada, no que foi acompanhado pelos militares; os paisanos tiraram os chapéus. E Dom Pedro disse: "Pelo meu sangue, pela minha honra, juro fazer a liberdade do Brasil. Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será o dístico Independência ou Morte e as nossas cores verde e amarelo, em substituição às das Cortes".

Proclamação

No dia 8 de setembro, Dom Pedro lança a seguinte proclamação:
"Honrados paulistanos! O amor, que eu consagro ao Brasil em geral, e à vossa província em particular, por ser aquela, que perante mim, e o mundo inteiro, fez conhecer, primeira que todas, o sistema maquiavélico, desorganizador e faccioso das Cortes de Lisboa, me obrigou a vir entre vós fazer consolidar a fraternal união e tranqüilidade, que vacilava, e era ameaçada por desorganizadores, que em breve conhecereis, fechada que seja a devassa a que mandei proceder. Quando eu, mais que contente, estava junto de vós, chegam notícias que de Lisboa os traidores da Nação, os infames deputados, pretendem atacar o Brasil, e tirar-lhe do seu seio o defensor: Cumpre-me como tal tomar todas as medidas que minha imaginação me sugerir; e para que estas sejam tomadas com aquela madureza que em tais crises se requer.
Sou obrigado para servir ao meu ídolo, o Brasil, a separar-me de vós (o que muito sinto), indo para o Rio ouvir meus conselheiros, e providenciar sobre negócios de tão alta monta. Eu vos asseguro que coisa nenhuma me poderia ser mais sensível do que o golpe que minha alma sofre, separando-me de meus amigos paulistanos, a quem o Brasil e eu devemos os bens que gozamos e esperamos gozar de uma Constituição liberal e judiciosa.
Agora, paulistanos, só vos resta conservardes união entre vós; não só por ser esse o dever dos bons brasileiros, mas também porque a nossa pátria está ameaçada de sofrer uma guerra, que não só nos há de ser feita pelas tropas que de Portugal foram mandadas, mas igualmente pelos seus servis partidistas, e vis emissários, que entre nós existem, atraiçoando-nos.
Quando as autoridades vos não administrarem aquela Justiça imparcial que delas deve ser inseparável, representai-me, que eu providenciarei. A divisa do Brasil deve ser Independência ou Morte. Sabei que, quando trato da causa pública, não tenho amigos, e válidos, em ocasião alguma. Existem tranqüilos: acautelai-vos dos facciosos a ocasião com o Vosso Defensor Perpétuo".
Paço de S. Paulo, em 8 de setembro de 1822, "Príncipe Regente".

O perfil do príncipe regente

Nascido no Paço Real de Queluz em 1798, Dom Pedro foi o quarto filho do rei de Portugal Dom João VI e de dona Carlota Joaquina. Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, tornou-se príncipe herdeiro em 1801. Com a mudança da Corte portuguesa para o Brasil em 1808, passou sua juventude em terras brasileiras, tendo se tornado príncipe regente em 1821, com o retorno de seu pai a Portugal.
São notórios seus pendores musicais, sua paixão pela música, como compositor e como intérprete, tendo deixado numerosas peças, hinos, composições sacras e a abertura de uma ópera. Fomentou a música no Rio de Janeiro e compôs o primeiro hino nacional brasileiro, o Hino da Independência.
Dom Pedro morreu aos 36 anos de idade, em 1834, no mesmo leito que o viu nascer, no Palácio de Queluz, em Lisboa.

Algumas obras sobre a Independência do Brasil que podem ser encontradas nas livrarias.

D Pedro I " Luta pela liberdade no Brasil e em Portugal 1798-1
Macaulay, Neill
Editora Record

Descobrimento e Independência do Brasil
Mendes, Miguel
Editora Globo

7 de setembro de 1822 " A Independência do Brasil
Oliveira, Cecília Helena de Salles
Editora Nacional

A Independência do Brasil
Pereira, André
Editora Ao Livro Técnico

Brasil Império
Monteiro, Hamilton M.
Editora Ática

O Império do Brasil
Neves, Lúcia Maria Bastos Pereira
Editora Nova Fronteira

História do Brasil Colônia e Império
CDs
Editora Áudio

A Firmação do Capitalismo e o Brasil Império
Carmo, Sônia Irene Silva do
Editora Atual

História do Brasil Reino e do Brasil Império
Moraes, Alexandre José de Mello
Itatiaia Editora

Viagem Fantástica ao Brasil de 1800 " O Império
Barbosa, Ely
Paulus Editora

Brasil Colônia e Império
Flores, Moacyr
EST

O Brasil como Império Independente
Schafer, Gerog Anton Von
UFSM 



> Materia extraida do sitio da Assembleia Legislativa de Sao Paulo 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Areia Branca deflagra projeto de Saúde Sexual e Reprodutiva nas Escolas


Adolescentes dos 13 aos 18 anos são o público alvo do Projeto Saúde Sexual e Reprodutiva nas Escolas, em execução, em Areia Branca.
As atividades iniciaram quarta-feira passada na Escola Municipal Professora Geralda Cruz, com ações direcionadas aos professores que posteriormente vão repassar o conteúdo para os alunos em sala de aula.
A Geralda Cruz é a escola-piloto do projeto, que chegará a todos os estabelecimentos de ensino da rede municipal, já a partir da próxima semana e vai até o final deste ano, com atividades letivas às quintas-feiras, nos turnos matutino e vespertino.
O projeto tem como objetivo trabalhar os temas relacionados à saúde sexual e reprodutiva nas escolas, a partir de uma abordagem integrada de saúde e educação. O projeto, visa ainda, promover o protagonismo juvenil por meio de atividades que estimulem os jovens e adolescentes a atuarem como sujeitos transformadores da realidade.
Para os educadores que participaram desse primeiro momento do projeto, a prevenção e as práticas sexuais seguras são dois pontos-chave do programa Saúde e Prevenção nas Escolas. Seus eixos temáticos são: gestão integrada entre saúde e educação, saúde sexual e saúde reprodutiva, bem como a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids.
Ainda com relação à temática da saúde, profissionais que atuam nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e  Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) participaram de uma capacitação realizada durante a semana, na cidade de Mossoró.
A capacitação encerrou na sexta-feira, 3, traduzindo o esforço desse pessoal que trabalha na construção de políticas intersetoriais, visando à garantia dos direitos do cidadão e fortalecimento dos vínculos comunitários e familiares.
O objetivo do treinamento foi oferecer aos profissionais os conhecimentos e atitudes essenciais à abordagem das várias questões que envolvem a esfera do atendimento aos usuários em Areia Branca.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Lançado o edital do Processo Seletivo Vocacionado 2011 da Uern

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), por meio da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve), publicou ontem o edital do Processo Seletivo Vocacionado (PSV 2011). Ao todo, a Uern ofertará 2.306 vagas para o Campus Mossoró e os cinco núcleos da instituição, das quais 50% são reservadas para alunos cotistas em cumprimento à Lei Estadual nº 8.258, que concede o benefício aos candidatos provenientes da rede pública de ensino. As inscrições serão abertas ainda este mês, exclusivamente pela internet.
A partir das 9h do próximo dia 13, o candidato poderá ter acesso ao Formulário de Inscrição, preenchendo todas as informações constantes nas orientações e após fornecer o número de seu CPF - condição exclusiva e obrigatória. O preenchimento do cadastro será através do portal: www.uern.br.
O valor da taxa de inscrição é de R$ 100,00. O prazo segue até as 23h59 do dia 3 de outubro de 2010. Após esse período o acesso à internet para geração do Formulário de Inscrição e do boleto bancário será bloqueado. No entanto, o boleto gerado até o prazo limite poderá ser pago até o dia 4 de outubro. Será consentida isenção total ou parcial da taxa de inscrição aos candidatos que comprovarem as determinações do edital em consonância com a Lei Estadual nº 8.258.   
As provas serão aplicadas nos dias 19 e 20 de dezembro, simultaneamente, nas cidades de Mossoró, Assú, Pau dos Ferros, Patu, Natal e Caicó.

Rio Apodi-Mossoró: quais são as perspectivas para seu futuro?


AMANDA MELO
amandamelo18@hotmail.com
Pensar o meio ambiente deve começar dentro de casa. Produzir menos lixo e seguir a receita dos três R (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) podem ajudar. Mas é preciso também de ajuda de projetos maiores que deem um suporte mais efetivo para a preservação das riquezas naturais. Sabe-se que o rio Apodi-Mossoró é uma delas. Sabe-se também que ele precisa de atenção urgente. O que não se sabe é o que o futuro reserva para essa imensidão de águas "escuras" que corta os municípios de Luís Gomes, Pau dos Ferros, Apodi, Governador Dix-sept Rosado, Mossoró, Areia Branca e Grossos.
Em pleno período de campanha eleitoral sobram propostas e projetos. Nos setores de habitação, economia, transportes públicos, saúde e educação um futuro melhor, apesar de utópico, parece mais palpável. Já do meio ambiente, fala-se muito pouco. O leitor do O Mossoroense Paulo Martins é um dos inúmeros cidadãos que se preocupam com a morte lenta do rio. Ele lembra que após as enchentes a problemática é esquecida.
Em seu blog, ele cobra mais atenção dos candidatos. "Bem que poderia haver mais interesse sobre a questão, na mídia e nos programas eleitorais. Enquanto isso, o rio Mossoró continua recebendo milhares de metros cúbicos de dejetos expelidos por esgotos". Ao contrário do que se pensa, a população observa atenta essa situação. A consciência ambiental deixou de ser restrita a pequenos grupos de ambientalistas e ganhou proporções maiores. Isso porque a rápida avalanche de problemas e fenômenos naturais provocados por desequilíbrios afeta cada vez mais um número maior de pessoas.
O gerente de Meio Ambiente do município, Mairton França, reforça que é preciso "cobrar dos candidatos ao governo estadual uma política sustentável de meio ambiente para o gerenciamento dos recursos hídricos", diz ele. "É preciso ficar claro que a gestão da bacia hidrográfica do rio Apodi - Mossoró é estadual". Segundo ele, o trabalho que vem sendo executado pelo município em relação a saneamento e projetos de educação ambiental precisam ser amparados por algo maior.
"A Prefeitura tem feito projetos básicos e de execução, inclusive, buscando recursos através de alguns parlamentares que se empenham nessa questão". Mas o gerente admite que essa atuação ainda não é suficiente . "Cerca de 90% dos poluentes jogados no rio são oriundos de esgotos clandestinos. Os outros 10% vêm dos agrotóxicos da agricultura às margens do rio, dos resíduos da pecuária ou do próprio lixo que a população joga no rio".  
Sobre isso, o leitor observa: "é como se o rio Mossoró servisse unicamente como depósito de lixo e lugar para despejo de detritos. Bem que a questão do rio poderia entrar na agenda da campanha eleitoral, dada sua importância ambiental, para Mossoró e região. Mas pelo que se observa, o rio Mossoró está fora da pauta e das propostas da presente campanha".
Segundo o gerente, este ano a Prefeitura gastou R$ 14 milhões oriundos de recursos próprios e de emendas parlamentares no processo de saneamento da cidade, que atualmente chega a 54% das residências. "Até 2011 deve chegar a 72%, em função das estações elevatórias que já estarão funcionando". Além disso, a cidade conta ainda com 15 núcleos de educação ambiental em escolas da rede municipal que trabalham com palestras, seminários e mutirões. Mas Mairton França reforça quatro pontos que precisam ser colocados em prática o mais rápido possível.
"Primeiro é o mapeamento e licenciamento de todas práticas agrícolas feitas às margens do rio, pois os agrotóxicos depositados no solo são absorvidos pela água do rio; depois um projeto de saneamento integral para todas as cidades que são cortadas pelo rio; a recuperação da mata ciliar, que ajuda a manter a qualidade ambiental e preserva  a biodiversidade (fauna e flora) e, por último, um grande projeto de educação ambiental com a população ribeirinha".
O gerente diz que o projeto de educação deve ser específico de acordo com a necessidade dos moradores que vivem na nascente, no médio curso e no estuário do Apodi-Mossoró. "O rio Apodi-Mossoró é de gestão estadual e nunca houve uma política efetiva nesse sentido. É preciso ser implantada uma política estadual de meio ambiente sistemática e integrada. Se isso não acontecer daqui a 10 anos, não poderemos nos voltar mais para investimentos em emprego e renda. Tudo terá que ser voltado para desenvolvimento ambiental e humano, mesmo que isso se reflita em menor crescimento. Isso porque os recursos naturais foram levados à exaustão e já não aguentam mais". 
> Materia extraida do Jornal O Mossoroense.