sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Primeiro lugar geral da UFRN, aprovado em Medicina, fez ensino médio em escola pública do interior

Primeiro lugar geral na área de Biomédica, primeiro lugar no curso de Medicina...e pela nota, primeiro lugar geral da UFRN.
O estudante Antônio Gomes da Silva Filho, de 21 anos, mal acreditou quando recebeu um telefonema de sua irmã avisando que havia conquistado o primeiro lugar geral. Aprovado na primeira fase em 388º lugar, tomou um susto quando soube da notícia. “Fiquei ouvindo ela me contar mas não sabia ao certo o que pensar”.
A surpresa de Antônio foi maior porquenão foi fácil chegar a este resultado. Este ano ele prestouseu quinto exame de vestibular. Nos dois primeiros anos foi aprovado em Ciências Contáveis e Odontologia. “Eu não me sentia preparado para fazer a prova para Medicina, mas sabia que esta era a minha paixão e decidi tentar”, disse.

O estudante que concluiu o ensino médio em uma escola pública no município de Goianinha, acordava às 5 horas da manhã para vir estudar em Natal."Sobrava pouco tempo para revisar as matérias em casa”, admite.
No ano passado, a mãe de Antônio, que é professora em Goianinha, manteve o rapaz morando na capital para que ele tivesse mais tempo para os livros. O resultado foi além da aprovação no curso tão sonhado, o primeiro lugar geral na UFRN.
“Hoje sei que para um bom resultado no vestibular tudo conta um pouco. E o esforço da minha mãe em me manter estudando em Natal foi recompensado”, disse.

O professor que o acompanha há 3 anos diz que Antônio, além de ser um vitorioso, é também um exemplo para muitos estudantes que não acreditam em seu potencial.
“Antônio estudou em escola pública, viajava mais de uma hora por dia para estudar, foi reprovado em dois vestibulares e hoje é o primeiro lugar geral. Ele é um incentivo para os demais alunos, além de ser a prova de que para passar no vestibular basta esforço e fé”, disse Carlos André, diretor do Overdose Colégio e Curso, onde Antônio se preparou para o concurso deste ano.
Canindé Soares

Antônio comemorando no Overdose, onde se preparou para o Vestibular de Medicina e conquistou o primeiro lugar geral

Comperve divulga resultado do Vestibular 2011 da UFRN: Caicó, Currais Novos, Santa Cruz e Natal

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 12:00 A Comissão Permanente de Vestibular (Comperve) acaba de divulgar, nesta sexta-feira (07), a lista completa dos aprovados do Vestibular 2011 da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Os nomes foram disponibilizados por curso e em ordem alfabética.
CLIQUE AQUI para conferir.

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Gases poluentes: Ministério Público recomenda suspensão da inspeção veicular

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 15:40
Promotores de Justiça do Patrimônio, Consumidor, Cidadania e Meio Ambiente estão expedindo hoje (07) recomendação à governadora Rosalba Ciarlini, ao Idema, DETRAN e ao Consórcio Inspar para que seja suspensa a inspeção veicular que começaria a ser feita a partir da segunda-feira, 10, em todos os veículos do Rio Grande do Norte.
A suspensão deve permanecer até que seja feito um estudo técnico que aponte a frota alvo, ou seja, qual a idade de uso dos carros que devem ser inspecionados; se só vans, caminhões, ônibus; e em quais as cidades do Rio Grande do Norte deve ser feita a vistoria, uma vez que os municípios, dependendo do seu porte, têm níveis de poluição diferentes. Esta regra é estabelecida pelo Conama, Conselho Nacional de Meio Ambiente. De acordo com a lei estadual, toda a frota do Rio Grande do Norte deveria ser vistoriada a partir do dia 10 de janeiro, seguindo calendário baseado no final da placa do veículo.
Conforme o blog já havia noticiado, a empresa responsável já estava se instalando em Caicó. O Rio Grande do Norte seria o primeiro estado do Nordeste a adotar tal procedimento. A filial (foto) fica localizada na saída de cidade como quem segue com destino a Jucurutu.

Projeto aumenta para R$ 1.575 piso do magistério do ensino básico

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7783/10, do deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), que fixa em R$ 1.575 o piso salarial nacional para profissionais do magistério público da educação básica. O projeto altera a Lei 11.738/08.

Segundo o autor, após duas décadas de luta, a aprovação da Lei 11.738/08 


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11738.htm), que criou o piso nacional para a categoria, foi comemorada pelos professores como uma grande vitória.Padilha lembra, no entanto, que, por razões políticas ou por dificuldades operacionais na aplicação do critério de atualização previsto na lei, os professores tem manifestado preocupação de a lei não ser aplicada na prática.

Insatisfação generalizada

"Após a demora para a implementação inicial da lei - atropelada por uma ação direta de inconstitucionalidade ainda pendente de julgamento final de mérito -, há uma insatisfação generalizada com as divergências sobre os critérios de atualização. O piso atualmente é de R$ 1.024,67.

Pelas regras em vigor hoje (Lei 11.738/08), o piso será atualizado no mês de janeiro no mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno definido pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Pelo projeto, o cronograma de atualizações do piso de profissionais do magistério da educação básica, com formação em nível médio e jornada de 40 horas semanais, passara a ser o seguinte:

- no primeiro ano, 1/3 de acréscimo em relação ao valor praticado no exercício de 2010;

- no segundo ano, 2/3 de acréscimo em relação ao valor praticado no exercício de 2010;

- após esse período, valor integral de R$ 1.575,00.

"A elaboração do piso salarial dos profissionais do magistério é, em verdade, o maior e melhor investimento que podemos fazer em nosso crescimento como atores em um mercado globalizado", argumenta o autor.

Tramitação

O projeto será analisado em caráter conclusivo {Rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado ou rejeitado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário}. pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da Proposta:

Projeto de Lei 7783/2010 (http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=485149)
Última Ação:
Data
4/10/2010
Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA) -  Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)


Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária

7/10/2010 
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público  (CTASP) -  Recebimento pela CTASP.
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP)


Encaminhada à publicação. Publicação Inicial no DCD do dia 08/10/10 PÁG 39867 COL 02.(publicação)

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP)


Recebimento pela CTASP.
 
 
18/8/2010
PLENÁRIO (PLEN)


Apresentação do Projeto de Lei n. 7783/2010, pelo Deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), que: "Institui novo valor para o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentado pela Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008"
 
25/11/2010
Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)


Apense-se a este(a) o(a) PL-7851/2010.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Concurso vai oferecer 177 vagas na PMM

A Prefeitura de Mossoró abriu concurso para 177 vagas em cargos de nível médio e superior basicamente para a área da saúde, sendo reservados 5% das vagas para candidatos portadores de deficiência, em atendimento à Lei n° 1.299, de 28 de dezembro de 2004. Na falta de candidatos aprovados para as vagas reservadas a pessoas com deficiência, estas serão preenchidas pelos demais candidatos aprovados. Os salários vão de R$ 644,94 a R$ 1.277,73. O edital foi publicado no Diário Oficial de Mossoró (JOM) no dia 31 de dezembro.
Os cargos são de médico anatomopatologista, médico clínico, médico anestesiologista, médico angiologista, médico cirurgião geral, médico dermatologista, médico endocrinologista, médico gastroenterologista, médico obstetra, médico hematologista, médico infectologista, médico mastologista, médico neurologista, médico neuropediatra, médico oftalmologista, médico oncologista, médico ortopedista, médico pediatra, médico pneumologista, médico proctologista, médico psiquiatra, médico radiologista, médico do trabalho, médico reumatologista, médico ultrassonografista, médico urologista, agente comunitário de saúde, auxiliar de consultório dentário, agente de endemias, técnico de laboratório, auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem, fiscal de controle ambiental e urbanístico e engenheiro de segurança do trabalho.
As inscrições serão feitas via internet no endereço eletrônico www.fundacaojoaodovale.com.br no período de 8h do dia 20 de janeiro às 00h do dia 2 de fevereiro, e em caso do pedido de isenção da taxa de inscrição, de forma presencial, a inscrição será realizada no Ginásio Municipal Pedro Ciarlini, nos dias 20 e 21 de janeiro das 8h às 11h30 e 14h às 17h30.
As taxas são de R$ 30 para cargos de nível médio e de R$ 50 para cargos de nível superior.
Ficam isentos do pagamento da taxa de inscrição os desempregados de qualquer categoria profissional e os trabalhadores em geral que recebam até 1,5 salário mínimo de acordo com a Lei Municipal nº 1.064/1998.
O concurso terá validade de dois anos a contar da data de publicação de sua homologação, podendo ser prorrogado por igual período.
A prova escrita objetiva será aplicada no dia 13 de março, das 8h às 12h, em Mossoró.

fonte: http://www.defato.com/mossoro.php#mat1

Escolas com baixo rendimento terão sistema de ensino integral

Prefeitos de 1.499 municípios com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o governador do Distrito Federal têm prazo até 28 de fevereiro para aderir ao programa Mais Educação.
As escolas públicas atendidas recebem recursos do Ministério da Educação para oferecer educação integral. No Rio Grande do Norte, escolas de 27 cidades estão credenciadas para adesão ao programa.
A meta do MEC, este ano, é ampliar o número de municípios, de escolas e de alunos atendidos. A proposta é chegar a 15 mil escolas e a cerca de três milhões de estudantes da educação básica, especialmente do ensino fundamental. Em 2010, dez mil escolas e 2,2 milhões de estudantes receberam educação em tempo integral.
Para confirmar a participação e receber os recursos, as escolas pré-selecionadas para 2011 e aquelas que já estão no programa precisam, além da adesão dos prefeitos, informar o número de estudantes a serem atendidos.
Os dados devem ser incluídos, pela internet, no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec).
Municípios precisam obedecer critérios prévios  
A ampliação da educação integral, iniciativa coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, será possível em escolas que aderiram ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), naquelas situadas em municípios com mais de 18 mil habitantes e nas que tiveram avaliação insuficiente - até 3,8 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental e 4,2 pontos nos anos finais - no Ideb em 2009. A escala do Ideb vai até 10 pontos.
Para que o número previsto de escolas e de estudantes seja alcançado em 2011, a Secad selecionou 1.499 municípios e 6.003 escolas com baixo desempenho no Ideb.
O objetivo é conseguir a adesão de pelo menos 1.484 cidades e incluir cinco mil escolas no programa. O investimento do MEC deve alcançar R$ 600 milhões.
A transferência de recursos é feita pelo PDDE diretamente para a conta da escola, em cota única. O dinheiro deve ser usado na aquisição de material, custeio de atividades e pagamento de transporte e alimentação dos monitores. Em média, cada escola recebe R$ 37 mil para aplicar nos dez meses letivos.
Criado em 2007, o Mais Educação começou efetivamente em 2008. No período de 2008 a 2010, o atendimento passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes.
- Assú
- Apodi
- Areia Branca
- Baraúna
- Caicó
- Canguaretama
- Caraúbas
- Ceará-Mirim
- Currais Novos
- Extremoz
- Goianinha
- João Câmara
- Macaíba
- Macau
- Monte Alegre
- Mossoró
- Natal
- Nísia Floresta
- Nova Cruz
- Parelhas
- Pau dos Ferros
- Santa Cruz
- Santo Antônio
- São Gonçalo do Amarante
- São José de
Mipibu
- São Miguel
- Touros     

fonte: http://www2.uol.com.br/omossoroense/mudanca/conteudo/regional.htm

Secretária Betânia Ramalho visita setores da SEEC

Secretária pediu informações aos técnicos

A Secretária de Educação, Betânia Ramalho, embora ainda não tenha tomado posse oficialmente, já está conhecendo os setores da Secretaria de Estado da Educação. Nesta terça-feira (04), no período da manhã,&nbspa secretária&nbspse reuniu com a governadora, Rosalba Ciarline, e conheceu alguns ambientes&nbspda SEEC&nbspfazendo o primeiro contato com os técnicos. Betânia Ramalho participou da cerimônia de posse dos novos secretários,&nbspmas ainda aguarda liberação da UFRN para assinar o termo de posse.

Durante os primeiros diálogos com os técnicos dos setores, a secretária pediu a ajuda de todos para o trabalho que se inicia, demonstrou um pouco do seu estilo de trabalho e também pediu o máximo de informações para que&nbsppossa conhecer a estrutura da secretaria. Um dos setores visitados foi a Subcoordenadoria de Manutenção e Construção Escolar (SCMCE), que para ela, é um dos setores onde muita coisa precisa ser feita, de acordo com as informações que já dispõe.  

"Estou levantando uma série de informações. Esse é apenas um primeiro contato, mas vou conversar muito com cada setor. Vou precisar muito das informações de vocês para fazer um mapeamento da estrutura. Já conversei com Katia Cardoso (Secretaria da Infraestrutura) e vamos trabalhar em conjunto.

Uma característica demonstrada pela nova secretária de educação é ouvir os funcionários. Na SCMCE, ela ouviu atentamente os engenheiros. Uma das recomendações foi feita no sentido de conhecer o trabalho de cada setor o máximo possível. "A Secretaria é enorme, é&nbsppreciso ter muito&nbspconhecimento de tudo, essa aqui é uma máquina muito grande, para administrar bem, é preciso ter muita informação e aqui na engenharia tem um grupo de técnicos que está disposto a lhe ajudar". Afirmou Zilmar Marcelino, engenheiro da SEEC. 

Betânia Ramalho afirmou que vai trabalhar em parceria com a UFRN. Para ela, a administração pública na esfera federal não é muito diferente da estadual. Quanto à parte pedagógica, ela tem experiência em todas as etapas da educação, da alfabetização a pós-graduação. A secretária também já definiu alguns nomes que vão compor a equipe do gabinete, entre eles está Gisele Daniel de Almeida que também está deixando a UFRN para assumir a chefia de gabinete.          



fonte: http://www.educacao.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/seec/imprensa/enviados/noticia_detalhe.asp?nCodigoNoticia=23174

Concurso prefeitura de Mossoró-RN 2011

A prefeitura de Mossoró lançou edital para o concurso de 2011, que vai disponibilizar 177 vagas para a admissão de profissionais nas áreas da saúde, urbanismo e meio ambiente. A remuneração varia de R$ 644 para nível médio e R$ 1.277 para nível superior. As inscrições serão feitas a partir do dia 20 de janeiro, e segue até 2 de fevereiro no site da Fundação João do Vale, entidade responsável pela realização do certame. Você pode fazer sua inscrição aqui no Blog de Serra do Mel no link abaixo:

Faça aqui sua inscrição! (início dia 20)

fonte: http://www.serradomel-rn.com/

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Novo Plano de Educação fixa 20 metas para 2020

O projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020. Ao menos 20% delas tratam diretamente da valorização e formação dos profissionais do magistério. O Plano também propõe elevar para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) os gastos anuais de todo o setor público em Educação. Atualmente o gasto está em 5% do PIB.

Cada uma das 20 metas é acompanhada de estratégias para que se atinjam os objetivos delimitados. Algumas determinações já foram previstas em leis aprovadas recentemente ou fazem parte do PNE ainda em vigor. Entre as metas que envolvem a formação do professor está a garantia de que todos os sistemas de ensino elaborem planos de carreira no prazo de dois anos, que todos os professores da Educação básica tenham nível superior e metade deles formação continuada com pós-graduação com a previsão de licenças para qualificação.

O PNE ainda determina que o rendimento médio do profissional da Educação não seja inferior ao dos demais trabalhadores com Escolaridade equivalente. O plano foi entregue pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e enviado ao&nbspCongresso para votação.

O plano inclui metas de acesso à Educação infantil, ensino médio e superior. Ele reafirma a PEC (proposta de emenda à Constituição) aprovada neste ano que determina a universalização da pré-escola até 2016 e acrescenta que 50% das crianças de até 3 anos devem ter acesso à creche até 2020.

fonte: seec/rn

UFRN abre inscrições para processo seletivo de Mestrado em Economia



O Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte está com inscrições abertas para o processo seletivo para curso de mestrado em economia, versão 2011.


As inscrições poderão ser realizadas até o dia 4 de fevereiro, através do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa) no site www.sigaa.ufrn.br.


São oferecidas oito vagas para a área de economia regional, com linhas de pesquisa em agricultura e desenvolvimento rural e estratégias para o desenvolvimento regional.

fonte: seec/rn

O que a sociedade espera delas

Mulheres assumem comando do Brasil e do RN. Junto com o poder, chegam os desafios e as cobranças por soluções
 
Hoje o Brasil e o Rio Grande do Norte vivem o segundo dia sob nova direção. Desta vez, uma mulher está no comando das "casas". O momento histórico da posse da presidente Dilma Rousseff traz consigo uma série de desafios para a nova gestora e principalmente, de expectativas para a população brasileira. No âmbito estadual, a governadora empossada Rosalba Ciarlini (DEM) também levará consigo, a partir de agora, a esperança da população potiguar em ver melhorias em todas as áreas da administração. Num país de alma marcada pela desigualdade, que acaba refletindo suas deficiências em todos os estados da nação, incluindo o RN, o dia 1º de janeiro de 2011 é apenas o preâmbulo de um livro de páginas em branco, em que a população conta com um final feliz.
Santa Rosa defende que Dilma implemente o Plano Nacional da Educação Foto:Fábio Cortez/DN/D.A Press.
Nos capítulos anteriores, saúde e educação protagonizaram umas das piores cenas dessa história. Para a coordenadora do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), Cláudia Santa Rosa, a expectativa é que nos próximos quatro anos, o governo estadual possa garantir o funcionamento regular e com a devida qualidade das escolas públicas. "Vivemos um momento difícil e preocupante. A expectativa é que a governadora incremente políticas que garantam que a escola funcione, para que o estado consiga alterar os indicadores educacionais atuais, que colocam a nossa educação em posição desconfortável. Que essas políticas consigam reverter essa posição em todos os indicadores oficiais, como Ideb, Enem, índices de analfabetismo, entre outros", afirma.

No âmbito federal, a expectativa da educadora é de que a presidente Dilma consiga implementar o Plano Nacional da Educação, que está sendo encaminhado ao Congresso Nacional. "Espero que o governo cumpra as metas do Plano que deverá ser aprovado para 2011 e incremente as políticas públicas que garanta a educação básica de qualidade. Além disso que continue fortalecendo o ensino superior, que é a responsabilidade primeira do governo federal. Espero que os avanços que aconteceram no governo passado sejam consolidados", declara.

Na saúde, talvez a área com maior número de problemas, a preocupação dos profissionais não é diferente dos da educação. O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Jeancarlo Fernandes Cavalcante, que é também membro do Conselho Federal de Medicina, a regulamentação da emenda 29 é uma dos anseios dos representantes da saúde. "Acho que no plano nacional essa é a principal expectativa. Com a regulamentação da emenda 29, os recursos federais destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) ficam vinculados à Constituição Federal. Vai ser um grande diferencial no âmbito nacional. Será a primeira e principal conquista na área da saúde, pois o SUS é subfinanciado e com a regulamentação poderemos dizer de onde vem os recursos e para onde devem ir", declarou o médico.

No que se refere ao Rio Grande do Norte, o especialista espera que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e os hospitais públicos tenham maior autonomia financeira. "Hoje a Sesap fica dependente da Secretaria de Planejamento, quanto ao repasse de recursos e, muitas vezes, o contigenciamento de verbas feito no estado afeta diretamente a saúde. Como o setor não em autonomia, sobre com crises de abastecimento, entre outros problemas. Espero que Rosalba trabalhe nesse sentido de dar mais autonomia financeira para que a Sesap possa resolver seus problemas, ou pelo menos melhore", declarou.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Faixa presidencial e discurso no Parlatório

Rosalba: “Nada afasta o RN da presidenta Dilma, pois não atinge o interesse público a divergência de filiação partidária”

Do Blog Marcos Dantas

Na íntegra, o primeiro discurso da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que pontuou alguns projetos e prioridades, como também fez referência a situação financeira do Governo e a parte de parceria política com a presidente Dilma Ropusseff (PT), adversária do seu partido, o DEM.
Senhoras Deputadas;
Senhores Deputados;
Senhora Presidente:
Não tenho receio de confessar, neste momento solene e de assunção de tantas e tão graves responsabilidades, não temo proclamar publicamente que meu primeiro sentimento é ainda de intensa reflexão interior, plena de questionamentos e perplexidades, por haver sido eu a escolhida.
Desde a memorável campanha do ano ontem findo, que culminou com a consagradora vitória de três de outubro, creiam-me os norte-rio-grandenses, esmaga-me a convicção de que, aplaudida, festejada e por fim escolhida, por trás do êxito, e suas alegrias, está oculta uma contida, mas extremamente forte e rica expectativa popular, a qual o Rio Grande do Norte, pela expressão de seu corpo eleitoral, resolveu confiar-me.
Desvendar estas expectativas, e, mais que isso, desvelar as razões do povo para confiá-las a mim, certamente tornará ostensiva a justa medida de minha escolha, e a causa política de estar hoje aqui, perante Vossas Excelências, Senhores Deputados e Senhoras Deputadas, para dizer: eis-me pronta para servir ao meu povo, nos limites mais extremos de minhas possibilidades humanas, como Governadora do Rio Grande do Norte.
Senhora Presidente:
O sentimento popular que me trouxe até aqui, embora aparentemente contido, eu o percebia junto a mim dia a dia, desde quando, deixando a Prefeitura de minha querida Mossoró, resolvi percorrer todo o nosso Estado. A todos busquei levar uma palavra simples, mas veraz, uma postura humilde, mas de gestos largos para o futuro, a par de uma obstinada e férrea vontade de fazer acontecer, agir, transformar, inovar.
Disse a mim mesma, e por isso sentia-me mais e mais em sintonia com os ainda recônditos anseios populares, prometi a mim mesma não ceder à indolência da indiferença, tendo por propósito diário a lição bíblica: não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos pela própria renovação interior (Rm 12,1).
Faço estas quase confidências à Assembleia Legislativa e a todos os que nos honram com suas presenças nesta solenidade, porque tenho consciência de que aquele que serve à causa pública há de pautar-se por um compromisso ético pessoal e permanente, sem tréguas, espasmos ou pausas covardes, tendo por referência a lisura mais absoluta no trato dos negócios do povo, sem desvios, tergiversações, subterfúgios ou engodos de quaisquer espécies.
Apresentei-me ao Rio Grande do Norte de alma e coração abertos, trazendo já de minha longa experiência política e administrativa o precioso patrimônio da dignidade pessoal, podendo proclamar aos norte-rio-grandenses o quanto fizéramos na Prefeitura de Mossoró, eu e minha equipe, e fizéramos só porque jamais me afastei da mais estrita submissão à ética administrativa.
Faço esta declaração, de que não me devo envaidecer porque apenas anuncio o cumprimento de um dever, para ousar acrescentar ao juramento que acabo de fazer: a Governadora sentiu no povo a confiança em sua honradez pessoal, e por isso foi eleita. E por causa disso o novo Governo do Rio Grande do Norte tem por inspiração e exclusivo propósito, por começo e fim, origem e destino o mais sagrado respeito ao interesse público, com tributo de vassalagem extrema à moral administrativa.
Teremos por método o cuidado verdadeiramente obcecado por cada centavo do dinheiro do povo, teremos por critério a consciência arraigada de que é possível fazer muito mais, se diante dos olhos e perto das mãos só tivermos os interesses do povo, relegados decididamente quaisquer outros, e, assim, transformando em valor a nossa própria credibilidade.
Credibilidade como valor, eis como posso compreender a razão primeira de haver sido a destinatária da confiança do povo nas urnas de três de outubro. Pude dizer-lhe que estava na disputa não por vaidades pessoais, mas porque, tendo consciência de que cumprira meu dever em outras missões, conforme jurara aos conterrâneos mossoroenses em três mandatos de Prefeita, estava apta a entregar sem reservas ao Rio Grande do Norte todo o meu esforço, como doação de vida, para renovar também interiormente a administração pública do nosso Estado.
Aqui estou, aguerrida e pronta para cumprir mais este compromisso: restaurar por dentro a prática administrativa do Rio Grande do Norte.
Senhora Presidente,
Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados:
Nas contingências da Democracia que vivemos e praticamos, e à qual presto minha mais incondicional adesão, é preciso convocar forças e lideranças políticas para que, como passo fundamental e indispensável, venham colaborar na consecução de nossos propósitos, afiançando junto ao povo o valor de nossa credibilidade, a que há pouco me referi.
Os líderes políticos que me deram seu muito prestigioso aval são, eles também, igual e solidariamente depositários da confiança do povo. A meu lado, na mesma percepção do renovado sentimento popular, o Vice-Governador Robinson Faria, fiel na luta e cúmplice de todas as nossas esperanças; os Senadores José Agripino e Garibaldi Filho puseram de lado riscos políticos e eleitorais, dando prova de desapego a interesses pessoais para acatar os sentidos anseios populares.
Os Deputados Federais Betinho Rosado, Fábio Faria, Felipe Maia, Paulo Wagner e Rogério Marinho foram igualmente sensíveis aos mesmos sentimentos populares, bem como os Deputados Estaduais da atual e da próxima Legislaturas, que conosco estiveram na luta, são credores da vitória, e serão, com certeza, partícipes da obra de restauração do Rio Grande do Norte que hoje iniciamos.
Foram centenas, milhares de lideranças regionais e municipais, até líderes de bairros os mais humildes, nem por isso menos representativos, que estiveram conosco, ajudando-nos a refletir para o maior número todas as esperanças que sentíamos aflorar aos borbotões em nossos cotidianos encontros com o povo. Eles todos, e entre eles especialmente os Prefeito e Vereadores que nos acompanharam na caminhada, eles todos são também arquitetos da vitória, e do apoio de todos não pode prescindir o novo Governo do novo Rio Grande do Norte.
Com todos, juntemos as nossas mãos às milhares de mãos dos norte-rio-grandenses, e sofregamente busquemos o futuro, corajosamente subvertamos inovadoramente os métodos de governar, e assim, ao término republicano da missão, possamos constatar que o bom Governo, ético, decente, honrado, eficiente e empreendedor nem ao seu fim agoniza, mas se pereniza na estima dos cidadãos.
Para tanto, convoco todas as lideranças políticas do Estado, os Poderes Legislativo e Judiciário, o Tribunal de Contas e o Ministério Público, os quais saúdo respeitosa e confiantemente, convoco a sociedade organizada, os sindicatos, os trabalhadores e empresários, para construirmos juntos uma Administração moderna, que não expõe nem na sua face visível, nem nos seus propósitos mais reservados, a cicatriz infamante de amarras a interesses subalternos, ou submissão a sentimentos ou acomodações pessoais.
Senhora Presidente:
Confronto-me, entretanto, com a primeira e angustiante dúvida. Onde encontrar forças para enfrentar tão grande desafio, que chega ao paroxismo de pretender domar as paixões da alma humana, cujas fragilidades não se podem ocultar, e sou a primeira a confessar?
No meu aprendizado na administração de Mossoró, todavia, e depois no exercício do honroso mandato de Senadora da República, que me foi confiado pelo generoso reconhecimento do povo do Rio Grande do Norte, pude comprovar que a dedicação à causa pública nasce dos mais nobres sentimentos pessoais, que cumpre estimular na cidadania, e a verdadeira cidadania é superação das tibiezas pessoais da alma. A sociedade organizada e o civismo individual são indispensáveis ao êxito dos bons propósitos dos organismos públicos, cuja tarefa mais urgente é esta: devolver a autoestima aos cidadãos, despertar neles a consciência de parcela viva e atuante do ser coletivo, e incentivar em cada um suas potencialidades de serviço.
A justiça social não se realizará enquanto alguém tiver o monopólio do mando, nem mesmo se este alguém for o Governo legal, porque nada do que é só é social.
Todos se devem incorporar ao aprendizado de uma nova missão, porque não temos o direito de ocultar que tortura os ouvidos da alma o grito amargurado dos excluídos dos favores da sociedade, no abandono dos campos e das periferias das cidades. Há, sim, sofrimento anônimo de milhares de norte-rio-grandenses e brasileiros, e esta é uma dor de irmãos. Para apaziguá-la, a todos eles faço a doação de meu trabalho permanente, e a eles entrego e dedico todas as ações do novo Governo do Rio Grande do Norte. Para o êxito dessa doação e dessa entrega, conto com o apoio de cada um dos norte-rio-grandenses, especialmente dos que são afortunados pela segurança de emprego e trabalho, dos bem estabelecidos na vida, dos já aquinhoados pela ainda tão injusta distribuição da riqueza nacional.
Aflige a injustiça crua da criança nas ruas, perdida até para a quimera lúdica de algum futuro; a vida sem luz do analfabeto, a quem se nega compartilhar o patrimônio das gerações; o intenso e crescente sentimento de estorvo, atormentando a mente de quem já tem dilacerado o corpo pela doença sem médico, sem hospital, sem remédio; as famílias desfeitas pela droga; a dignidade maltratada pelo desemprego; o inocente perseguido pela violência impune; os cidadãos desencantados com sua terra, sua gente, sua vida.
Tudo isso aflige, pois são brasas ardentes, que não brilham, mas ferem.
Ferem pela cúmplice indiferença, e sarar tais feridas nas almas dos pobres, e de todos os que vivem carentes de segurança, paz e justiça, é dever precípuo, permanente e único da Administração que hoje se inicia.
Senhoras Deputadas;
Senhores Deputados:
Na Legislatura que se vai iniciar a 1º de fevereiro, terei oportunidade de apresentar à Assembleia Legislativa a Mensagem determinada pela Constituição, sobre a situação do Estado.
Aqui e agora, porém, não posso deixar de registrar e compartilhar com a sociedade minha mais profunda e justificada preocupação sobre a desordem orçamentária e descontrole financeiro que se está abatendo sobre o Estado, neste final de exercício e de mandato governamental.
Havíamos designado Comissão de dedicados colaboradores voluntários, os quais, tendo por rumo a transição de Governo, pudessem levantar os dados necessários à percepção da real situação financeira do Estado. A esta Comissão, composta do Deputado Paulo Davim, dos doutores Frederico Menezes, Thiago Cortez, João Augusto Cunha Melo, Ricardo Marinho Nogueira Fernandes, sob a coordenação do doutor Obery Rodrigues, a gratidão da Governadora e o reconhecimento do Estado pelo excelente trabalho.
Aos levantamentos da Comissão de Transição, entretanto, nos últimos dias se acrescentaram fatos comprovados e indícios extremamente graves acerca da manipulação indevida e ilegal de recursos com destinação específica para fins diversos, ao completo arrepio das regras de execução orçamentária, da fiscalização financeira das contas públicas, e dos deveres impostos pelas leis federais de responsabilidade fiscal.
Iniciaremos o novo Governo com a triste tarefa, que pensávamos coisa do passado, de verificar o dano causado à saúde financeira do Estado, com propósito de nocivo comprometimento da futura Administração. Será este, entretanto, o primeiro momento de mostrarmos a mais total transparência, informando à sociedade o prejuízo que lhe foi causado, e apontando-lhe todos os responsáveis.
Não nos desanima, porém, esta tarefa ingrata, da qual supúnhamos que um Governo legitimamente eleito pelo povo fosse poupado.
Aproveito o episódio, entretanto, para dele tirar a primeira lição: no Rio Grande do Norte não vai mais haver conchavo secreto em gabinetes ocultos para prejudicar o povo. E um compromisso público: a transparência dos gastos do Governo será rotina, e mais que rotina ela será total, plena, sem ardil nem artifício, e as contas públicas todas, todos os pagamentos com recursos do Estado muito em breve, logo que tecnicamente possível, pois a decisão política está tomada agora, estarão disponíveis na moderna ferramenta de controle social, a Internet.
Iremos ao extremo na transparência, porque aceito o desafio: nada, rigorosamente nada teremos a ocultar ou esconder, e aceitaremos de bom grado as eventuais críticas às nossas opções administrativas, posto serem falíveis as escolhas humanas, mas, posso assegurar, nunca recenderão o odor podre do azinhavre do dinheiro público mal usado ou mal ganho.
Senhora Presidente:
São grandes as barreiras a transpor. A Governadora do Estado tem como tarefa inicial agregar aliados a seus esforços. É preciso modernizar também politicamente o nosso grande Rio Grande do Norte, dilacerado pela desunião inconseqüente e pela disputa partidária que extrapola os limites da boa prática democrática, deixando por rastro a marca infame e retrógrada de terra arrasada, e fazendo frutificarem práticas políticas obsoletas, atraso nos métodos administrativos, processos de decisão marcados pelo mofo do ultrapassado e do ineficaz.
Neste grande esforço de modernização, o Governo conta com a parceria indispensável do funcionalismo público do Estado. Os nossos servidores terão a seu lado a Governadora e o Governo, para juntos implantarmos a cultura do planejamento das ações administrativas, a partir dos instrumentos constitucionalmente instituídos, o Plano Plurianual, as Leis de Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais.
Com este compromisso de previdente e responsável planejamento, será possível manter equilíbrio fiscal, chamando o funcionalismo a participar de uma gestão de resultados, disseminando boas práticas de gestão, profissionalizando, com treinamento adequado, a gestão orçamentária e os processos de licitação, dando-lhes total transparência pelo uso de meios eletrônicos para as compras e contratação de serviços pelo poder público. Esta profissionalização passa pela efetiva redução dos cargos de confiança, e o preenchimento dos estritamente necessários pelo critério do mérito, a par de política de vencimentos orientada pelo alcance de metas.
Quanto a este ponto, não posso deixar de registrar meu inconformismo diante das graves disparidades hoje existentes na política de remuneração do serviço público, quando categorias com a exigência da mesma qualificação profissional e acadêmica recebem até dez vezes menos que outras, só por terem estas maior poder de reivindicação e imposição.
Nos estritos limites das faculdades legais, empenharei esforço contínuo para afastar de nosso serviço público a injustiça de tamanha desigualdade.
O Estado, e esta não é uma mera figura de retórica, Senhora Presidente, tem potencialidades econômicas extremamente pujantes. Sua posição de ligação estratégica entre continentes e regiões, terras e costas comprovadamente adequadas à lavoura de culturas nobres e aquicultura, comprovada vocação turística, fonte de modernas formas de energia renovável, tudo clama por eficiência administrativa na identificação de opções novas de esforço para o desenvolvimento.
Estas opções passam por uma primeira e básica preocupação: o atendimento à demanda de emprego da população. Os setores primário e terciário da economia são as vias mais imediatas para a equação deste grave problema dos nossos tempos de globalização e automação. A agricultura familiar, o agronegócio e os serviços estão aqui com intensa disponibilidade de incremento, com tradição comprovada e novas experiências bem sucedidas.
Há demandas sociais tão importantes e urgentes quanto a efetiva e imediata exploração de nossas potencialidades econômicas.
A saúde pública no Rio Grande do Norte clama por socorro e remédio. Como registrei no meu Plano de Governo, entregue à Justiça Eleitoral quando do registro de minha candidatura, a rede pública de saúde deve ser lugar de acolhimento, e não de rejeição.. O cenário de desumanização da saúde não se harmoniza com o montante expressivo de recursos alocados ao Estado pelo Sistema Único de Saúde - SUS -, o que evidencia grave distorção gerencial de todo o aparato de saúde pública no Estado.
Governadora e médica, sei que contarei com a abnegação dos médicos e demais profissionais da saúde para a racionalização da gestão do sistema, dando-lhe a eficiência que pode gerar cada real disponível.
Não se pode ocultar, porém, que a saúde pública se debate na impotente luta contra a doença por falta de mínimo cuidado com a prevenção.
A tal propósito, basta referir a extrema precariedade da rede de esgotamento sanitário no Estado. Se de 2003 a 2008 tivemos um incremento de apenas 2% de acesso da população à rede de esgoto, bem se vê dever ser esta uma absoluta prioridade do novo Governo.
Quanto à educação, quadro não menos desolador. As avaliações do Ministério da Educação só nos deixam uma triste certeza: a educação pública no Rio Grande do Norte só não pode piorar.
Vamos devolver o aluno à sala de aula, e, não só, vamos devolvê-lo ao estudo, e para isso vamos convocar o magistério estadual para liderar um grande pacto, em que se vão envolver Governo, alunos, professores, familiares, toda a sociedade.
A liderança deste processo, como disse, será do magistério em todos os seus níveis, e a Governadora conhece o desalento dos professores estaduais, face ao crônico processo de descaso a que os Governos têm submetido a escola pública.
Aos professores estaduais, aos quais convoco desde já com insistência, quero especialmente reiterar que a sociedade, por sua manifestação eleitoral, atribuiu valor à credibilidade da Governadora que decidiu eleger. Esta credibilidade como valor, fruto de obstinada dedicação à causa pública por mais de vinte anos, empenho agora publicamente: a educação pública no Rio Grande do Norte vai superar seu próprio desafio, e dar o salto de qualidade que dela a sociedade espera.
Sem ufanismo estéril, certamente esta nossa credibilidade está trazendo pioneiramente para a nossa equipe importantes quadros de nossa Universidade Federal, mestres ilustres que aceitaram dividir conosco e com o magistério estadual a urgente missão de resgatar a dignidade da escola pública do Rio Grande do Norte.
A estes quadros novos, com a força de ideais renovadores, tenho certeza de que em breve se juntarão não menos ilustres mestres da nossa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN -, da Universidade Federal Rural do Semi Árido - UFERSA, dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - IFRNs, e das demais Instituições que conosco se disponham a salvar do naufrágio eminente a educação de nossos jovens.
Estes dois graves problemas, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, embora mereçam imediata e total atenção, não são os únicos com os quais nos devemos defrontar desde logo.
O resgate da educação tem um instrumento de grande valia, qual seja a valorização de nosso patrimônio cultural e legado histórico. O incentivo à produção artística, em todas as suas formas, não será apenas o ensejo do justo e necessário laser para todos, mas especialmente o fomento da atividade criadora, com equipamentos adequados, cujo efeito multiplicador é de comprovada evidência.
Um esforço de ação na área da cultura não pode ficar em casas de tijolo e cal, mas sem alma, sem gente, sem artista: precisamos fazer arte e preservar cultura, e mais este desafio haveremos de enfrentar e vencer.
Já me havia referido há pouco à vocação turística do Estado, mas não podemos de, com amargura, deixar de reconhecer que neste campo estamos vivendo certa estagnação, com riscos de perdemos terreno para os demais Estados do Nordeste.
É preciso reposicionar o Rio Grande do Norte como destino turístico, e aqui, mas uma vez, temos de falar e pensar em resgatar, restaurar, refazer, inovar.
Esta premência de inovação no trato do turismo se torna aguda quando sabemos que instituições de crédito nacionais e internacionais têm recursos disponíveis para as cidades sede da Copa do Mundo de 2014.
Com toda urgência vamos convidar os empresários do setor, os hoteleiros e agentes de viagens, os trabalhadores que têm direto e diário contato com o turista, para definirmos estratégias e elegermos projetos para o salto de desenvolvimento do turismo no Rio Grande do Norte.
Fechando estas referências à educação, cultura, laser e turismo, tudo tem a ver com a necessidade de forte incentivo às atividades esportivas em nosso Estado. Na escola, nas competições amadoras, nas academias públicas polivalentes para a prática de esportes, exercícios físicos e laser, a ação do Governo deve ser prioritária e permanente, como questão de saúde pública, educação e bem estar dos jovens, idosos e da população em geral.
Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados,
Senhoras e Senhores:
Falava há pouco de turismo, e logo nos assalta o temor da insegurança pública.
A Governadora do Estado reconhece o esforço dos que trabalham na área de segurança do Estado, notadamente a Polícia Militar e a Polícia Civil. O aparato policial, todavia, precisa de meios, recursos, armas, homens. Não é possível prevenir o crime sem investimentos maciços em inteligência e contra inteligência, o que demanda pessoal altamente qualificado, e equipamentos de tecnologia de ponta, além de homens em número proporcional à população, conforme padrões internacionais, devidamente equipados para enfrentar e vencer a bandidagem violenta e arrogante.
No mesmo passo, não é possível combater o crime, e punir culpados, sem polícia judiciária dotada de homens e equipamentos de última geração, para domar a ousadia crescente dos que, marginais da lei, infernizam as famílias, os lares, os trabalhadores, o indefeso, o inocente.
A sensação de impotência diante do crime dói. E compartilhando dessa dor de quantos já se defrontaram com a violência, o Governo do Estado tem uma convicção: este grave problema nacional só pode ser equacionado com investimentos pesados do Governo Federal, de resto o guardião da paz no território nacional, responsável pelo combate ao tráfico de drogas e armas, e que será chamado, com altivez e determinação, a colaborar conosco para restaurarmos a perdida segurança pública em nosso Estado.
Tem-se dito, e não se pode negar alguma verdade ao argumento, que remédio para a segurança pública é erradicação da pobreza, oferta de emprego, trabalho e renda. O Estado não vai ficar alheio ao desafio de estimular novas e mais promissoras oportunidade de trabalho para jovens e adultos.
Alguns pontos podem ser desde já sumariados: ampliação e integração dos meios de transporte; oferta confiável de energia, inclusive gás natural ao interior, de forma a possibilitar a regionalização da atividade industrial; abastecimento de água, com aproveitamento dos grandes reservatórios e construção de outros, alguns, de suma importância, há muito adiados, e efetiva ampliação da rede de adutoras; esgotamento sanitário como absoluta prioridade, não só como exigência de saúde pública, mas também como imposição de preservação ambiental e atração de investimentos de produção econômica; formação profissional e qualificação técnica; racional política tributária de incentivos.
É certo que muitos destes empreendimentos são de responsabilidade do Governo Federal. O Estado, porém, precisa não só reivindicar com altaneira insistência, mas especialmente desenvolver argumentação técnica consistente, expondo e comprovando a indispensável integração de tais empreendimentos ao processo de desenvolvimento nacional.
O apoio à pecuária passa pela estabilidade do atual Programa do Leite. A improvisação não é benéfica ao Programa, que precisa ser executado com integração de seus dois elementos: a assistência à população carente, notadamente à nossa infância, e a produção leiteira, que precisa ser racionalizada em termos de fluxo economicamente viável, inclusive nas entressafras, e adequada logística de transporte para as áreas mais necessitadas.
A segunda fase do projeto de irrigação do Baixo Assu, com sua regularização fundiária, é inadiável. Inadiável também um plano de manejo e irrigação, com o aproveitamento dos outros grandes reservatórios do Estado, a começar pela barragem de Santa Cruz, entre o Vale e a Chapada do Apodi.
Concluir e pôr em funcionamento o Terminal Pesqueiro Industrial de Natal integrará definitivamente o Estado à cadeia produtiva da pesca de alto mar. Com o mesmo propósito, é urgente programar a construção, também em Natal e no estuário do Potengi, do Terminal Pesqueiro Artesanal, com amplas possibilidades de agregar mão de obra a esta atividade produtiva.
Senhora Presidente:
Atrair investimentos privados para o Estado, especialmente no setor industrial, será missão essencial e permanente do Estado, e compromisso de honra, garra e fé da Governadora e sua equipe..
A propósito, e dentro desta vertente de raciocínio, no que depender do novo Governo a realização da Copa do Mundo em Natal será fato, pois todo esforço faremos para cumprir pontualmente as exigências dos organizadores, nada obstante os atrasos já verificados até hoje.
Senhoras Deputadas;
Senhores Deputados:
Malgrado as atuais e sérias dificuldades financeiras do Estado, agravadas dramática e publicamente nos últimos dias, uma gestão pautada pela responsabilidade e pela probidade dará como resultado, em curto prazo, a ordenação das contas e o saneamento financeiro do Tesouro.
Nossa prática administrativa será de racionalizar não só custos e despesas, mas até idéias e projetos, definindo o que for prioritário, para termos um estoque de iniciativas, prontas a serem deflagradas quando surgirem oportunidades de financiamentos. Para isso, a inteligência do Rio Grande do Norte terá de estar disponível, e nossas instituições universitárias e de pesquisa, públicas e privadas, serão chamadas a colaborar intensamente.
Os recursos federais têm estado disponíveis, mas o Estado deles não se tem aproveitado devidamente. Ora são detalhes burocráticos ou de projetos, perfeitamente superáveis, que entravam a liberação; ora é o mínimo de contrapartida, para a qual não se dá a prioridade necessária. A Governadora pessoalmente estará presente nos agentes federais, especialmente a Caixa Econômica e o BNDES, assenhorando-se da situação de cada projeto ou programa, cobrando providências, fixando metas e prazos para a equipe do Governo.
Este bom e profícuo relacionamento com o Governo Federal, no que depender da Governadora do Estado, será rotina constante. Nada afasta o Rio Grande do Norte da Presidenta Dilma Rousseff, pois não atinge o interesse público a eventual divergência de filiação partidária entre os governantes do momento.
E porque assim pensa a Governadora, confia plenamente que o Estado haverá de contar com a especial atenção da Presidenta da República hoje também empossada, a quem o Rio Grande Norte manifesta seu respeito e a expressão de sua justificada confiança.
Senhora Presidente,
Senhores Deputados;
Senhoras Deputadas;
Homens e mulheres potiguares:
Não pretendi expor um programa de Governo. Falei, com a alma aberta, de propósitos e sentimentos. O que posso afirmar e reafirmar é: eis-me aqui disponível e pronta para servir. Não basta, é certo. Mas nas limitações de minha capacidade é o melhor e tudo que tenho para oferecer à minha gente.
É hora de trabalho. E trabalho só dá fruto se for partilhado.
Partilho meu esforço com todos os potiguares, e com os brasileiros e estrangeiros que aqui vivem e trabalham. De todos espero a contribuição da crítica construtiva, e o incentivo justo ao acertado, para que se torne fértil com outros e novos acertos.
Partilho a luta diária pela causa pública, que hoje reinicio, com a minha família, de quem nunca faltou a renúncia, o estímulo, o conselho, o carinho: Carlos Augusto, companheiro, amigo e constante parceiro em nossa determinação comum de, com dignidade, servirmos ao Rio Grande do Norte; meus filhos, Karla, Marlos, Lorena e Carlos Eduardo, orgulho da mãe, que, malgrado as naturais dificuldades, tenta dividir-se na dedicação ao serviço público e na retribuição incondicional à afeição filial; os netos, que já dão alegria a algumas amarguras da vida; meu querido pai, Clovis, cujo legado de honra busca preservar incondicionalmente a filha Governadora, junto à saudade sem fim nem trégua da mulher que me marcou vida e me moldou a alma, Conchecita, minha mãe.
Anuncio o propósito de união, não a união covarde dos que temem lutar, mas a união verdadeira, forças somadas dos que do passado só colhem o melhor, deixam no olvido do tempo divisões, intrigas, conflitos gratuitos e estéreis, e se arremetem corajosamente para o futuro de resgate, restauração e progresso do Rio Grande do Norte.
Aos norte-rio-grandenses de fé, católicos, irmãos evangélicos, espíritas, crentes de todas as denominações e credos, e a todos os homens e mulheres de boa vontade, convido a um instante de oração, conforme a convicção e o sentimento de cada um. Na minha fé, invoco a proteção de Deus, a intercessão permanente de Santa Luzia de minha Mossoró sempre amada, da Virgem da Apresentação, padroeira desta Natal que, de coração, adotei como minha, para pedir ao Senhor de todas as bênçãos. Luz, força, sabedoria e coragem.
Viva o Rio Grande do Norte
Viva o povo potiguar.
Começa aqui a mudança, a transformação, o fazer acontecer, o Novo Rio Grande do Norte. Que Deus nos abençoe!



Por Marcos Dantas